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Listas Listas Listas… Discos de 2013

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Taí o que você queria (ou não…)

Taí o que você queria (ou não…)

Para quem achava que eu iria parar com as minhas listas, confesso que essa foi uma das mais simples da minha vida, amiguinho leitor. Por quê? Porque eu quase não ouvi a enxurrada de lançamentos matadores que tiveram nas cabeças por aí. Dawn Of Midi? David Bowie? Sei lá o quê? Etcetera, etcetera etcetera? Não ouvi. Sério. Pisei no freio bruscamente, o que não impede de ter ouvido muita coisa, mas comparativamente com os outros anos, ouvi muito pouco.

Mas ouvi coisas que ficarão para sempre na memória. Como sempre busco a sinceridade entre aquilo que me desafia e o que eu mais escutei efetivamente. E são essas 10 pérolas aqui que destaco.

  1. King Krule6 Feet Beneath the Moon. Esse foi o disco que mais me emocionou no ano e mais vezes tocou indiscutivelmente nas minhas caixas de som. Para mim é como se Billy Bragg se encontrasse com algum jazz guitar obscuro num subúrbio da Grã Bretanha. O resultado é essa obra prima da melancolia marginal. Tem post aqui.
  2. Lonnie HolleyKeeping a Record Of It. Não conhecia até meados de novembro, quando o amigo Bruno, colocou um vídeo do YouTube. Simplesmente uma obra que me conquistou como poucas na vida. Tem post aqui ó.
  3. Nick CavePush The Sky Away: entrou no rol dos melhores discos da carreira genial desse multi artista.
  4. Dean Blunt – The Redeemer: o melhor disco que o Gil-Scott Heron jamais fez. Experimentalismo soulful sexy poético pacarai. Quem diria que o “músico” do duo Hype Williams fizesse um trabalho tão sincero?
  5. Kurt Ville – Walkin’ On a Pretty Daze: O disco mais solar desse geniozinho que conheço há bem pouco tempo (mais precisamente desde o seu show no Circo Voador, em 2012) e que não abro mão de escutar nada. É um disco que possui uma cadência curiosa, viajandona/trippy, mas sem partir para a celebração hipster dessas bandas recentes do Brooklyn. Possui uma constante espiral sem esconder sua vocação para harmonias complexas e curiosamente contidas. Lindo para assobiar, escrever, dormir, fazer amor, surfar e essas coisas que fazem bem a nossa mente e ao nosso corpo.
  6. Majical CloudzImpersonator: Um homem e um teclado. Evocou o que mais gosto de Brian Eno como nunca vi ninguém fazer na história. Mas não para aí. Faz um acerto de contas com o synth, minimizando ao extremo o uso do teclado, para maximizar a poesia que poderia ter saído de um disco do Anthony and The Johnsons. Apesar dessas referências rasgadas, há muita personalidade dada a maestria da cadência que impõe em sua música.
  7. Matana RobertsCoin Coin Chapter Two: Mississippi Moonchile. Pode um cantor barítono no meio de um free jazz que em algumas passagens da sessão me lembra o último disco (e talvez meu predileto) de John Coltrane? Pode. Não sai do meu carro desde que comprei o disco.
  8. Justin Timberlake – The 20/20 Experience. Um dos maiores álbuns pop recentes, feitos por esse garoto que não para de me surpreender. Músicas de 7, 8 ou 10 minutos, com “manobras” arriscadas e extremamente potentes. O que dizer de Strawberry Bubblegum, que tem a ingenuidade de uma letra de boy band, com dois momentos análogos extremamente dançantes?
  9. My Bloody ValentineMBV: esse disco tem uma história curiosa. Fiquei 6 meses sem ler qualquer coisa e sem escutar nenhum single. Só para me manter imune ao frisson do lançamento. Não deu. Foi um frisson pessoal.
  10. A$AP RockyLong Live A$AP: Dos ótimos lançamentos do Hip Hop esse ano (um ano belo para o gênero), para mim, o desse menino foi o mais consistente, buscando bases desaceleradas, muitas vezes desconcertadas e uma crítica consciente da cena “nigga” que debiliza de cima para baixo, de baixo para cima, todas as camadas estéticas de uma realidade. Não possui a criatividade e arrojo estético musical do belo disco do Kanye West, que infelizmente se acha um Deus, mas que me enche um pouco a paciência.

Correndo ali, nas cabeças, não posso deixar de indicar os seguintes discos, que considerei bacaníssimos e valem a audição:

  • Yoko Ono – “Take Me to the Land of Hell” – Sua multi abordagem sonora acabou não sendo aprisionada pela aparente standarização que ocorre no disco, que possui, no mínimo 80% de momentos muito bons ou excelentes.
  • Kanye West – “Yeesus”. Qualquer disco com I am a God e Balck Skinhead merece estar em lista de melhores do ano.
  • Melt Yourself Down – (idem). Uma descoberta tardia mas que me pegou de jeito, com um pós punk alucinado dançante e multi cultural, meio perdido em alguma festa de NY em 81, mas sem me parecer excessivo ou cansativo.
  • Heliotropes – “A Constant Sea”: tenho queda por discos sombrios. Esse foi um dos que curti.
  • Pantha Du Prince – “Elements of Light”. Quando lançado, há exatamente um ano, a minha reação foi ficar estupefato. Não continuo assim, mas admito que ainda acho sensacional

O resto vocês podem procurar aí nas listas do mundo todo. Até ano que vem.


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